Estive na última semana com o que gosto de apelidar de impasse criativo. Detesto sentir-me assim, aliás tenho um certo medo quando isto acontece. Das coisas que mais gosto é de estar sempre a ter ideias, a magicar, a inventar.
Ainda que parte delas não as consiga pôr em prática, por falta de tempo, por não ser a altura ideal, por ser irrealista, etc. Mas o processo criativo, a construção da ideia, do projecto, do texto, da comida, do que for, faz-me sentir viva.
Normalmente não preciso de grandes estímulos, basta acordar de manhã, para a minha mente me bombardear com sugestões. É por isso que a meditação também tem um impacto enorme para silenciar este turbilhão, mas isso fica para outro post.
No entanto, há momentos em que parece que fica um silêncio mental e a criatividade fica engasgada, como se se quisesse manifestar mas não tivesse como. Como se fosse um carro a tentar andar mas sem gasolina.
Para esses dias, preciso de uma solução, porque senão a única coisa que faço é andar de um lado para o outro da casa ou do escritório, enquanto penso, porque é que não tenho ideias?
Então o que faço é…
– Vou andar, sem destino, sem tempo definido. Andar, andar e andar. Normalmente ao fim de 20 minutos começo a ter insights sobre o porquê do meu bloqueio e começo a ter ideias.
– Ouvir música, mas não é uma música qualquer, são músicas que sei que despertam o meu lado emocional. E sabemos que as emoções são óptimas aliadas dos processos criativos.
– Vejo um TED talk, sobre temas que não têm nada a ver com a minha área, sobre temas que normalmente não pesquisaria. Porque me estimulam a pensar fora da caixa.
– Fico sozinha, durante o tempo que for preciso até conseguir desbloquear. Sem querer, as pessoas que estão à nossa volta acabam por exercer influência em nós e parte dessa influência faz-nos afastar do que é o nosso foco, do que queremos fazer, dizer ou pensar.
E nos dias em que nada disto resulta, lembro-me que amanhã será outro dia, de certeza melhor.
Abraço
Raquel Santos, Psicóloga & Consultora
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