Raquel Ferreira santos

Seremos filhos da impaciência?

Ainda na barriga da mãe, perguntam o sexo do bebé, a data prevista do parto. Depois anseia-se pelo dia do nascimento para conhecer o recém nascido, navega-se na fantasia da primeira palavra e dos primeiros passos, do que vai ser quando for grande.

Esta impaciência pela obra acabada sem a consciência da sua construção.

A impaciência para se curar traumas, para experimentar esta terapia e aquela. Depois outra que promete milagres. Só mais uma e tudo passa. Esta impaciência que não dá espaço para maturar cada uma das aprendizagens.

A impaciência para sair da angústia, da inquietação, da tristeza, do desconforto. Quando precisamos de paciência para nos sentarmos com as emoções e aprender a sustentá-las.

Tenhamos paciência connosco, saibamos viver compassadamente.

Deixo-vos uma playlist para um embalo paciente.

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