Lembro-me de uma vez estar em consulta e ter a mãe de um menino muito preocupada porque ele lhe parecia triste, desmotivado, irritado.
Comecei por querer saber como era o dia a dia desta criança e na altura fiquei a saber que: segunda e quarta tinha natação, terça e quinta judo, sábado escuteiros e domingo catequese. Claro que a mãe queria o melhor para o seu filho e pensou que estas atividades tinham algo que contribuía para o desenvolvimento do filho.
E claro que sim, tem é de ser em dose q.b.
Vamos pensar em nós enquanto adultos. Temos os nossos hobbies para nos distrairmos das obrigações, para suavizar o dia, para nos sentirmos bem, é suposto ser um momento de prazer.
Tem de ser o mesmo para as crianças. Estão sujeitas às obrigações da escola, muitas vezes para além do horário que seria ideal. Se depois disso ainda são sobrecarregadas com outras tantas obrigações onde fica o espaço para serem o que devem de ser, simplesmente crianças?
A sugestão é deixarem as crianças, com a orientação dos pais, escolherem a atividade que mais gostam, com a qual vão obter maior grau de satisfação.
Sei que pode ser difícil escolher porque todas têm impacto no desenvolvimento, mas posso garantir-lhe que a aquisição dessas competências só fica consolidada se o seu filho estiver feliz.
Ficam alguns exemplos:
Desporto– desenvolve coordenação motora, noção espacial, aquisição de regras, compreensão de papéis sociais, desenvolvimento do sentido de equipa (desportos coletivos)
Artes Marciais – desenvolvimento do senso de disciplina e respeito hierárquico, desenvolvimento coordenação motora, desenvolvimento da concentração.
Artes Plásticas – estimulação da criatividade, desenvolvimento dos sentidos, maior atenção ao meio envolvente, desenvolvimento da coordenação mão-olho.
Música– estimulação da criatividade e improviso, desenvolvimento motor.
Teatro– desenvolvimento da linguagem e pensamento, estimulação da criatividade e imaginação, desenvolvimento da concentração.
Em comum todas aumentam o senso de responsabilidade e compromisso, bem como a auto-estima, desde que a criança encare a atividade como um estímulo positivo e não como mais uma obrigação chata.
Raquel Santos
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intagram: @raquelfsantoss
Excelente artigo para uma escolha e analise sensata.
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Obrigada Ana 🙂
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