Emoções e crianças

Quando falo com adultos sobre emoções a primeira coisa que digo é que devem tomar consciência das suas emoções, e que para isso precisam de as experienciar em vez de as ignorar. 

Esse é um grande passo na gestão emocional.

Quando os adultos falam com crianças, as primeiras coisas que lhes dizem é para ignorarem as emoções, para as reprimirem. Se estão muito alegres dizem-lhes: “vê se te acalmas”, se choram dizem-lhes: “não tens motivos para chorar”, se estão zangadas dizem-lhes: “isso é da idade” e por aí em diante.

Quem já me acompanha sabe que digo adultos e não apenas pais, porque todos nós adultos impactamos na vida dos mais novos, somos responsáveis por lhes passar valores. Por outro lado, nunca falo numa perspectiva de acusação. Primeiro porque repetimos padrões de comportamento. Segundo porque estamos todos em fase de aprendizagem, até ao último dos nossos dias.

Aprendi com as crianças que a valorização do que elas sentem aproxima-me delas. Se me conectar com que a criança está a sentir consigo compreender o seu mundo, o que ela me quer dizer. Ainda que não me faça sentido imediato. Sempre que permito que a criança sinta emoções, crio um espaço onde ela se pode expressar, faço-a sentir segura e valorizada.

O nosso grande trabalho enquanto adultos não é reprimir emoções das crianças, não é dizer-lhes o que elas devem ou não devem sentir. O nosso grande trabalho é ajudá-las a desenvolverem a melhor forma de comunicar essas emoções aos outros.

Abraço

Raquel Santos, Psicóloga & Consultora

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