Será que nascemos empáticos?

Empatia é a capacidade de sentir o que outra pessoa sente, é uma capacidade de escuta ativa, de nos sabermos colocar no lugar do outro, é uma identificação com outra pessoa, é a vontade de compreender o outro.

Será que nascemos com essa capacidade?

A primeira reação empática é o choro. De certeza que já repararam, num grupo de crianças basta uma começar a chorar, para que todas as outras também o façam

Um grupo de investigadores norte-americanos descobrirou que a empatia é um processo precoce no desenvolvimento emocional das crianças, bebés de oito meses já são capazes de a manifestar.

Verificaram que os bebés dão uma atenção profunda aos movimentos e expressões de quem os rodeia, registando as suas atitudes habituais. Os investigadores das universidades de Washington e de Missouri-Columbia descobriram que as crianças mais novas procuram padrões de comportamento para basearem as suas expetativas.

A partir dos oito meses, qualquer bebé consegue perceber o tipo de comida preferida dos pais ou quais as brincadeiras que os irmãos mais gostam. São igualmente capazes de prever o que uma pessoa poderá fazer a seguir.

Se um adulto fizer a mesma escolha ou se comportar do mesmo modo três ou quatro vezes seguidas, um bebé a partir dos oito meses regista essas atitudes como uma preferência.

Portanto a questão é: porque nos esquecemos desta capacidade à medida que vamos crescendo? Voltamos ao impacto que nós adultos temos na vida das crianças: adultos pouco empáticos, pais ou cuidadores que não se manifestam emocionalmente ou que reprimem as manifestações emocionais dos filhos, pais autoritários ou permissivos podem anular esta capacidade.

Como manter esta chama da empatia viva?

Relações carinhosas entre crianças e pais, elogios adequados, expressão das emoções, ajudar as crianças a encontrarem estratégias para lidarem com as suas emoções, ser um bom exemplo de empatia e saber colocar-se no lugar do seu filho, ajude o seu filho a pensar sobre as consequências dos seus comportamentos em relação às outras pessoas.

O mundo vai ser um lugar melhor, se todos os dias formos um bocadinho mais empáticos.

 

Abraço

 

Raquel Santos, Psicóloga & Consultora

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