A primeira vez que soube o que era amor no sentido romântico tinha 14 anos. Não que antes já não tivesse vivenciado paixonetas, amores platónicos e borboletas na barriga. Mas o amor só chegou depois. Era uma miúda tímida, fechada num mundo ora cinzento ora cheio de arco-íris. Não acreditava que existissem príncipes, nem amores para a vida. Refugiava-me atrás do meu cabelo, escondia o peito, fingia que não me interessava por nada, achava que essa era a forma de me proteger do mal que o mundo me podia fazer. Até ao dia em que uma troca de palavras me fez perceber que ao proteger-me do mal, também me privava do bem. Nesse dia percebi que me podia interessar por alguém, que afinal até poderia haver quem se preocupasse comigo.
Em pouco tempo apaixonei-me… mas não fui correspondida.
A pessoa que eu gostava, gostava afinal de outra pessoa, a experiência normal de todos os desencontros amorosos da adolescência. Demorei alguns dias a digerir o que afinal eu sentia. Porque gostava muito dessa pessoa, mas queria muito que ela fosse feliz com quem se tinha apaixonado, mesmo que não fosse eu. Não entendia o que aquilo queria dizer, fiquei confusa com os meus sentimentos….
Anos mais tarde percebi que aquela foi a primeira vez que amei, como sinto que se deve amar.
Foram precisos anos e alguns relacionamentos para perceber que desde cedo soube o que era para mim o amor. Da forma mais pura e incondicional, amar é querer o bem de outra pessoa!
Hoje, para mim o amor é um lugar seguro, é a partilha de duas pessoas que caminham lado a lado, mas que de vez em quando escolhem caminhos diferentes e só se encontram na meta. É sair de casa a meio da noite com um termo de café e ir para a praia falar da vida. É a leveza de um sorriso nos dias fáceis, é a compreensão nos dias difíceis. É querer eternizar momentos, é respirar fundo e sentir o coração a acelerar quando dizes que gostas de mim por aquilo que eu achava que os outros chamariam defeitos.
É um abraço que me faz sentir segurança sem me fazer sentir frágil.
“… é a partilha de duas pessoas que caminham lado a lado, mas que de vez em quando escolhem caminhos diferentes e só se encontram na meta.” Adorei essa frase! Acho ela bem assertiva sobre situações que passamos quando amamos. Att, (Srº Milionário).
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Obrigada! 😊 acredito que o amor tem de ser assim, em conjunto mas respeitando a individualidade.
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Lindo o que escreves a partilha que fazes do teu Eu de sentimentos do AMOR… És especial porque em ti brilha a bondade ! Sê feliz minha querida. Beijinhos
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Obrigada Beatriz! Como eu gosto de receber o seu carinho! Que possa sempre espalhar amor. Beijo enorme querida
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Que bonita declaração de amor! 😍
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Obrigada 🙂 🙂
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