Queria que este título fosse compreendido por todas as pessoas, para que não o tivesse de escrever.
A imaturidade é desconcertante, é emocionalmente e intelectualmente cansativa. Consigo mesmo personificar a imaturidade num indivíduo impertinente que nos bate no ombro constantemente enquanto fala e que começa todas as frases todas com: “Eu… Eu… Eu”. Ou então naquela pessoa que tem um problema para cada solução, vitimizando-se penosamente, vivendo em agonia só porque o sol quando bate na sua janela aquece a casa. A imaturidade é o pacote vazio de bolachas que fica na despensa à espera que lhe digam o que fazer, mesmo que ele já saiba a resposta. A imaturidade é uma luz de palco que fica acesa mesmo depois do espectáculo terminar, só para que reparem como brilhar. É o pé, que se convenceu, que bater insistentemente no chão poderá fazer abanar o mundo para que este gire à sua volta.
Assumo a minha dificuldade em relacionar-me com pessoas imaturas, sobretudo porque é mesmo cansativo. As pessoas imaturas ofendem-se com tudo e têm um comportamento passivo-agressivo. A imaturidade é inimiga da crítica, da evolução, da leveza e da honestidade.
Por isso, desejo mesmo que as pessoas imaturas cresçam e desapareçam!
Esse tipo de imaturidade, na pior das hipóteses, o tempo cuida e ensina de forma dura. Uma imaturidade que achamos um pouco preocupante é a alimentada por notícias falsas que apelam para o viés de confirmação.
Se o imaturo “padrão” já é cansativo por conta da incapacidade de ver além de si, o imaturo “confirmado” é abertamente agressivo e defende soluções simplistas e apressadas para problemas complexos, sempre criticando a “problematização disso ou daquilo”.
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Essa imaturidade é ainda mais desanimadora porque parece que ainda é defendida e aplaudida por alguns.
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Aqui no Brasil é bem isso que está ocorrendo. Imaturidade está sendo elevada a possível plataforma de governo…
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Só me ocorre… Ámen!
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“A imaturidade é o pacote vazio de bolachas que fica na despensa.” Muito bom o texto!
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Muito obrigada Raul 😉
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