Abre a porta e deixa-me ficar. Convida-me a entrar enquanto estendes o braço e te fixas no meu olhar. Já sei em que condições devo chegar, pé ante pé, com a certeza que a minha presença te é bem-vinda.
Cerro a mão e bato na porta duas vezes. Saberás que sou eu, dizes que conheces de cor o meu perfume. Se souberes mais sobre mim sem ser o perfume, sabes que se entrei é provável que me demore.
Se me agradar a conversa, oiço-te até de madrugada. Se não me ofereceres chá, fico até abrires o vinho.
Saberás que sou capaz de abrir portas de par em par, mas quando for preciso sei fecha-las sem olhar para trás.
Também já deves saber que o vermelho da tua porta me deixa inquieta. E já te ocorreu que antes de entrar olho pelo postigo e só depois tiro as mil voltas da chave e solto a corrente.
A porta entreaberta diz-me muito pouco, porque não sei se é para ir ou ficar. Por isso abre-a e deixa-me ficar.
Texto magnifico, adorei “A porta entreaberta diz-me muito pouco, porque não sei se é para ir ou ficar. Por isso abre-a e deixa-me ficar.”
GostarLiked by 1 person
Obrigada Alberto! 🙂
GostarGostar
Lhe indiquei para participar de uma Tag, conforme o link a seguir: https://ideiasblogsite.wordpress.com/2018/05/05/the-sunshine-blogger-award/
GostarLiked by 1 person
Lindo.
GostarLiked by 1 person
Obrigada 🙂
GostarLiked by 1 person
Poesia bonita! É de sua autoria?
GostarLiked by 1 person
Obrigada! Da minha autoria sim 🙂
GostarLiked by 1 person
Que lindo.
GostarLiked by 1 person
Obrigada ❤💚
GostarGostar
Top!
GostarLiked by 1 person