Boris Cyrulnik, neurologista e psiquiatra, afirma que os ecrãs impactam negativamente no desenvolvimento da empatia.
” Já há consequências. Os jovens que passam mais de três horas por dia em frente a ecrãs mexem-se menos, encontram-se menos com os outros, têm mais depressões e, sobretudo, param o desenvolvimento da empatia – a aptidão a descentrarem-se de si próprios para conseguir a representação do mundo mental dos outros”. “No metro de Paris, por exemplo, isso é flagrante. Estão no meio da porta e não se mexem quando os outros querem entrar ou sair.”
A ausência de contacto com os outros, vai enfraquecendo as nossas competências sociais e corrompendo a moralidade. Fiquei a pensar na facilidade com que as pessoas ofendem, julgam, opinam nas redes sociais. A agressividade e ausência de remorsos com que o fazem deve-se a este aparelho e ecrã que nos separa.
Olhos nos olhos, na presença uns dos outros, seriam muito poucos os que ofenderiam gratuitamente o outro. Pessoalmente, percebemos que temos mais características que nos tornam semelhantes, do que diferentes e por isso somos empáticos.
Que efeito teria em mim, aquilo que vou dizer ao outro? Vou dizer algo que acrescenta valor, ou estou só a rebaixar outra pessoa? Gostaria que fizessem ou dissessem isso a alguém da minha família?
Quero viver num mundo em que a empatia é mais forte que o julgamento, quer haja ou não wifi.
Abraço
Raquel Santos | Psicóloga & Consultora
oiie adorei seu texto.
Estou escrevendo em um blog com o intuito de ajudar as pessoas a falarem sobre depressão.
papocafenamesa.wordpress.com
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Força!! Beijinhos
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