Há uma rivalidade inerente e natural na dinâmica entre irmãos. Estão ambos a disputar a atenção, amor, segurança e aprovação dos seus progenitores. Esta rivalidade também pode estar relacionada com uma questão de poder e de status. Sobretudo em famílias que comparam os irmãos como um sendo melhor que o outro.
Mas é igualmente o primeiro “microcosmo” social onde a criança pode desenvolver competências de cooperação, algo que lhe irá ser útil em relacionamentos futuros. Sabe-se que as características individuais da família contribuem para as interações que os irmãos estabelecem.
A maioria das crianças vê nos seus irmãos uma oportunidade de companheirismo, apoio emocional, brincadeira e inevitavelmente conflito.
Este conflito permite às crianças desenvolverem competências que na ausência deste poderiam nunca vir a desenvolver. Aprendem sobre negociação, respeitar a vez, partilha, igualdade, respeito, liderança e resolução de problemas.
Ao que aos olhos dos pais e cuidadores possa parecer um conflito, aos olhos das crianças é apenas uma situação no meio da cumplicidade e companheirismo.
Diria que o mais importante é
- Não fazer comparações entre irmãos. Cada um tem as suas qualidades.
- Permita que o conflito ocorra, fique atento e intervenha se perceber que não estão a chegar a nenhuma solução. Não adopte lados.
- Proponha que sejam eles a chegarem a uma resolução para o conflito.
- Passe tempo de qualidade com cada um, em separado, uma espécie de atenção exclusiva.
- Tenha regras, delimite espaços/objectos partilhados e privados.
Com uma boa gestão, os conflitos farão sempre parte, mas serão os melhores amigos.